Restaurante Geranium em Copenhaga, Dinamarca.
Ingredientes sazonais, biológicos e cozinhados de forma inovadora, são as três principais vertentes da nova cozinha dinamarquesa e escandinava, mais conhecida por New Nordic Cuisine. A cozinha dinamarquesa está realmente em ebulição desde que um grupo de
chefes decidiu pegar nos ingredientes e sabores tradicionais e rearranjar a forma como os cozinha e apresenta.
O Luiz e eu já tínhamos ouvido falar da nova cozinha nórdica, mas nada nos preparou para o boom que encontrámos de restaurantes de extrema qualidade. Restaurantes grandes, pequenos, uns caros, outros mais acessíveis, um verdadeiro mundo novo. Um dos
grandes prazeres da vida, todos o sabemos, está em comer bem.
O paladar e o gosto pela boa cozinha vai-se apurando com a idade, sobretudo quando chegamos a este club dos after 50 e percebemos que em Copenhaga esse prazer depurado dos paladares nos é servido ao virar de quase todas as esquinas.
No passado a gastronomia dinamarquesa não era minimamente conhecida nem interessante (digo eu), muito menos se ia à Dinamarca por causa da comida. Este facto alterou-se drasticamente com a criação de um manifesto intitulado New Nordic Kitchen, o que fez com que, nos dias que correm, Copenhaga seja um destino obrigatório para os foodies. A oferta de boa cozinha transformou-se só por si numa atração, havendo desde agradáveis e relativamente económicos bistrots até restaurantes com várias estrelas Michelin. Uma coisa de que poderemos estar certos é que há extrema qualidade em tudo. Utilizam-se produtos sazonais locais e o ambiente com que tudo é feito, apresentado e desfrutado é descontraído e despretensioso. Numa só década, a cozinha nórdica passou de fenómeno completamente desconhecida a notícia que se repete pelas bocas do mundo, tudo graças ao compromisso que os chefes escandinavos assumiram com o referido manifesto.